A Junta de Freguesia de Campo de Ourique, lamenta a indiferença e desresponsabilização da Câmara Municipal na sua resposta à carta aberta das instituições que trabalham na Quinta do Loureiro.
A frase “Tomamos boa nota de que ambos os autarcas do PS se juntam finalmente aos nossos apelos consecutivos” não pode ser encarada com seriedade.
A Câmara Municipal de Lisboa foi, desde novembro de 2021, avisada em mais de 25 comunicações escritas acerca de temas tão diversos quanto:
- A necessidade de revisitar o tema da rede de Salas de Consumo Assistido;
- A importância de reforçar as equipas de rua para o trabalho junto dos consumidores e recolha de seringas;
- A necessidade da recuperação da dignidade das instalações da escola do Vale de Alcântara e a importância de garantir um plano de mobilidade escolar para esta população;
- A importância de criar novas centralidades na Quinta do Loureiro, avançando com a construção do pavilhão polidesportivo e garantindo a abertura das lojas;
- Para o risco de incêndio nas encostas sem manutenção e de atropelamento na Avenida de Ceuta sem plano de mobilidade;
- A necessidade de investir em novos equipamentos, desde a Higiene Urbana ao Espaço Público;
- A falta de investimento nas associações que atuam diariamente na Quinta do Loureiro.
E, principalmente, não pode ignorar a autarquia, que é também senhoria das mais de 1000 pessoas que vivem naqueles bairros, a necessidade de garantir um planeamento urbanístico que quebre barreiras, combata o isolamento e garanta a segurança dos moradores através da abertura à Avenida de Ceuta e ligação à Rua Maria Pia.
Por último, a Junta de Freguesia apela ainda à despolitização deste debate. Ninguém pode estar satisfeito com a realidade que ali encara, pelo que frases como “… enquanto o PS se entretinha a extinguir o SICAD e criar o ICAD…” só podem ser justificadas por uma incompreensível falta de vontade em resolver os problemas da cidade.
A Junta de Freguesia não perde o seu foco, a defesa da qualidade de vida dos fregueses de Campo de Ourique, em especial no combate a todas as desigualdades, independentemente das suas competências legais. Apelamos, por isso, mais uma vez, a que todas as entidades competentes priorizem o trabalho neste território.
Consulte a Carta Aberta aqui.